O LINCE-IBÉRICO Possivelmente já estivemos a dois passos dele e fomos minuciosamente observados, sem darmos por nada. Invisível por entre a folhagem, o lince-ibérico é um animal que poucas pessoas se podem gabar de já ter visto. Quando alguém pergunta como ele é, temos logo a tentação de o comparar a um gato. Não há dúvida que é fácil encontrar semelhanças, não só físicas mas também de comportamento. Eles correm, saltam e surpreendem as presas com uma agilidade admirável, fazendo da caça uma espécie de jogo. Silenciosos e imprevisíveis, têm a habilidade de aparecer e desaparecer sorrateiramente, quase sem darmos por isso. Esta comparação não é desprovida de fundamento - quem estuda as relações de parentesco entre os animais chegou à conclusão que estas duas espécies pertencem à mesma família, a dos felídeos. São animais de cabeça redonda e focinho curto, com dentes aguçados, adaptados para cortar a carne. Além disso, têm cinco dedos nos membros anteriores e quatro nos posteriores, que terminam com garras retrácteis, e são digitígrados, ou seja, apoiam-se apenas nas extremidades das patas. No entanto o lince não é um gato. Quem tiver a sorte de alguma vez deparar com um lince, chamar-lhe-á a atenção os invulgares pêlos nas extremidades das orelhas, em forma de pincel, as longas patilhas brancas e negras, bem como a cauda muito curta, com a extremidade escura. Notará também que os seus membros altos e vigorosos, com patas que parecem desproporcionadamente grandes e os quartos traseiros mais elevados que o resto do dorso, lhe dão um porte altivo e robusto. A sua pelagem, amarela acastanhada com tons cinzentos e sarapintada de preto, permite-lhe confundir-se com o meio que o envolve. PROGRAMA LIBERNE Autor: Helena Ceia e João Eduardo Ferreira Ilustrações: Maico Fotos: Juan Aldama ICN - Instituto da Conservação da Natureza |
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sábado, 23 de julho de 2011
LINCE-IBÉRICO
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