sábado, 13 de agosto de 2011

BALEIAS


As baleias são mamíferos pertencentes a ordem dos cetáceos. Possuem uma estrutura óssea interna semelhante à dos mamíferos terrestres. Suas nadadeiras são membros locomotores atrofiados, remanescentes do período em que seus antepassados eram quadrúpedes. A cauda é grande e constitui o principal órgão de deslocamento das baleias.

As narinas de uma baleia localizam-se no alto de sua cabeça quando sobe à superfície após a submersão prolongada expele, através dela, o ar quente e úmido dos pulmões, o qual se condensa em contato com a atmosfera formando uma coluna de gotículas de água.

A audição é o sentido mais importante das baleias. Sabe-se que produzem ao menos dois tipos de sons: os que intervêm em seu sistema de ecolocalização e as vocalizações.

Os sons de ecolocalização funcionam como uma espécie de sonar biológico, enquanto as vocalizações são as conhecidas canções das baleias, que parecem ser um meio de comunicação entre os membros da mesma espécie.

O corpo é coberto por uma camada de gordura que ajuda na flutuação do animal e a manter o calor. Essa gordura também funciona como meio para armazenar energia.

A baleia pode viver 30 anos em média, porém já foi registrada uma baleia que chegou até os 50 anos.

BALEIA FIN
Reino: Animalia
Filo: Chordata

Classe: Mammalia
Ordem: Cetácea
Subordem: Misticetos
Família: Balaenoptera physalus

ANATOMIA:
 A baleia fin é considerada de grande porte, podendo atingir 23 m de comprimento pesando até 45 toneladas. Sua coloração obedeça a um padrão: parte inferior, calda e nadadeiras são cinzas-clara, já o dorso e os flancos são cinzas-escuro.
REPRODUÇÃO: A maturidade sexual ocorre em torno de 6-7 anos, quando os animais já estão com cerca de 18m. Após uma série de atitudes de corte, macho e fêmea copulam, durando a gestação quase um ano. O baleote já nasce com cerca de 6m e poderá viver até quase 100 anos.
ALIMENTAÇÃO: As Fins não se alimentam apenas de krill, mas também cardumes de pequenos peixes.
COSTUMES: A migração da baleia Fin obedece praticamente ao mesmo padrão sazonal da baleia azul. Sua distribuição é igualmente cosmopolita. Concentram-se não raro em grupos de 6-15 indivíduos. 
BALEIA SEI
Família: Balaenopteridae
Espécie: Balaenoptera borealis
Nome comum: Baleia sei, Espsdarte e Sei whale 

ANATOMIA: A baleia-sei tem um comprimento máximo de 17,7m para o macho e 20m para a fêmea, e pesam de 20 a 30 toneladas. No Hemisfério Norte, essa espécie, são pouco menores que as do Hemisfério Sul. As nadadeiras peitorais, que são estreitas e pontudas, e a nadadeira caudal, com forma triangular, são pequenas em relação ao comprimento total do animal. A nadadeira dorsal é ereta e falcada.  A coloração do dorso é cinza-escura metálica ou preta, sendo a região ventral mais clara. Freqüentemente exibe manchas ovais claras distribuídas pelo corpo. Apresenta barbatanas de coloração cinza-escura e é especialmente fina e sedosa. Seu borrifo alcança três metros de altura.
REPRODUÇÃO: As fêmeas dão à luz a um filhote após um período de gestação de um ano. Os filhotes têm um comprimento médio de 4,5m e peso de 750 Kg ao nascer. O período de amamentação dura de cinco a oito meses. Essa espécie vive cerca de 70 anos.
ALIMENTAÇÃO: Costuma alimentar-se próximo à superfície, contendo na sua dieta Krill, lulas e pequenos peixes.
COSTUMES: A espécie é característica de águas oceânicas tropicais e temperadas quentes. Habita todos os oceanos, evitando apenas as regiões polares. A maioria dessas baleias passa o inverno em zonas de baixa latitude e migra com a chegada do verão para as áreas de alimentação nas altas latitudes. No entanto, em algumas regiões temperadas pode ocorrer na mesma área ao longo de todo o ano. Parece ser mais comum no Hemisfério Sul. No Brasil, existem registros no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro e provavelmente Espírito Santo. Desloca-se em grupos de dois a cinco indivíduos, com exceção das áreas de alimentação onde costumam se reunir em grupos maiores. Pode associar-se ocasionalmente com a baleia-minke, a baleia-fin, e com alguns golfinhos. Raramente salta e não costuma mergulhar fundo. Seus inimigos naturais são provavelmente as orcas (Orcinus orca) e os grandes tubarões (Família Carcharhinidae).
 
BALEIA AZUL
Subordem: Misticetos
Espécie: Balaenoptera musculus

ANATOMIA: É considerada o maior animal terrestre, chegando a medir 30 metros de comprimento e ultrapassa as 140 toneladas. A velocidade com que nada varia de cinco a 15 km/h a 30 km/h.
O corpo da baleia Azul é comprido e esguio, cabeça chata e pontiaguda, nadadeira dorsal muito pequena, possui coloração cinza-azulado.

REPRODUÇÃO: As fêmeas da baleia-azul são maiores do que os machos. Os filhotes nascem com cerca de sete metros de comprimento e pesando, aproximadamente, duas toneladas e meia, após 11 meses de gestação. Eles são amamentados por um período de sete meses.

ALIMENTAÇÃO: A alimentação deste gigante dos mares é basicamente composta de pequenos crustáceos, como o krill . Uma baleia-azul adulta pode comer até duas toneladas de krill por dia.

COSTUMES: Ela pode ser encontrada em todos os oceanos do mundo, tanto no hemisfério Norte quanto no Sul. Mas é difícil avistá-la porque ela não costuma nadar em águas rasas; prefere as águas oceânicas. Os mergulhos da baleia-azul costumam durar de três a dez minutos, mas podem chegar a até 30 minutos. Nesses mergulhos mais longos, o animal pode atingir uma profundidade de até 200 metros. No Brasil, a baleia-azul é muito rara. O mais recente registro da espécie em nossas águas foi o de uma fêmea de 23 metros que encalhou no Chuí, Rio Grande do Sul. O esqueleto dela está no Museu Oceanográfico da Universidade de Rio Grande, também localizado no Rio Grande do Sul. Se estiver de passagem por lá, confira como é impressionante o tamanho da baleia-azul!

Observação.: Por causa de seu tamanho, a baleia-azul foi muito caçada no final do século 19 e no início do século 20. Aproveitava-se tudo do animal: a carne, o óleo (gordura), as barbatanas e até os ossos. Felizmente, em 1966, após a caça de mais de um milhão de baleias-azuis, o animal recebeu proteção no mundo inteiro. Acredita-se que havia cerca de 250 mil representantes da espécie no hemisfério Sul antes do período exploratório. Hoje, não há mais que 1.500, o que a coloca na lista dos animais ameaçados de extinção. Apesar de o número de representantes da espécie estar aumentando no hemisfério Norte, dificilmente chegará perto do que se verificou no passado. Até porque o krill -- principal alimento da baleia-azul -- vem sendo capturado pelo homem, além de ser também disputado por outros animais, como baleias, focas, peixes, pingüins e outras aves.

 

BALEIA ORCA
Reino: Animalia
Filo: Chordata

Classe: Mammalia
Ordem: Cetácea
Subordem: Odontoceti
Família: Delphinidae

ANATOMIA: Comprimento do corpo 6,5 a 8,0 metros; peso: 2,5 a 7 toneladas.
Nadam velozmente, podendo viajar numa velocidade de até 55 km/h. O sopro - um jato de água que é atirado pelo orifício nasal do animal -, quando baixo e denso, é muitas vezes visível no ar frio. A coloração da baleia Orça é característica, o dorso e flancos são pretos; ventre branco, estendendo-se na forma de lobos sobre o flanco; mancha branca oval acima e atrás dos olhos; sela cinza indistinta sobre o dorso, atrás da nadadeira dorsal. Existem dois tipos diferentes de orcas, as transeuntes e as residentes, com diferenças físicas e comportamentais. As transeuntes formam bandos pequenos (1 a 7 orcas por grupo), percorrem uma área maior, alimentam-se de outros mamíferos emitem sons com menor freqüência e quando nadam, mudam abruptamente de direção, costumam permanecer sob a superfície da água entre 5 a 15 minutos, subindo nos intervalos para respirar. Possuem barbatanas dorsais mais pontiagudas do que as residentes. As residentes formam bandos maiores, geralmente tendo de 5 a 25 orcas no grupo, percorrem uma área menor, alimentando-se de peixes. Emitem sons mais longos, têm rotas de navegação previsíveis e raramente passam mais de cinco minutos embaixo da água.

ALIMENTAÇÃO: A orca é um predador versátil, alimenta-se de uma diversidade enorme de animais, desde lulas, peixes e aves, até focas, golfinhos e tartarugas-marinhas. Em bando, são capazes de abater baleias de grande porte, como a azul. A orca é um dos raros cetáceos que nadam até a praia com o objetivo de alimentar-se.


COSTUMES: Pode ser encontrada em todo o planeta, apesar de ser vista com mais freqüência em águas mais frias (em particular em regiões polares). Prefere águas mais profundas e costuma navegar próximo à costa, na rebentação. Não faz longas migrações como as baleias-azuis e são acostumadas a navegar entre blocos de gelos flutuantes nas águas gélidas, onde procuram presas. São freqüentemente vistas dando saltos, batidas de cauda e peito na superfície da água e se esfregando no leito marinho, próximo às praias. Talvez esse costume seja para "coçar" o corpo e retirar camadas mortas de pele. 

REPRODUÇÃO: Não-sazonal; somente um filhote por vez. Os machos chegam a 50 anos, fêmeas chegam a 80 anos de idade.
BALEIA CINZA
Ordem: Cetácea
Subordem: Misticetos
Família: Escrictídeos
Espécie: Eschrichtius robustus

Anatomia: Espécie de tamanho médio. Sua pele, salpicada de cor negra, cinza e branca, forma um desenho característico que permite diferenciar cada indivíduo.

Reprodução e Costumes: Atualmente habita somente a zona norte do oceano Pacífico.É um dos mamíferos que realiza uma das migrações mais longa, pois percorre uma distância de 10.000 km desde as baías do norte do México, onde a fêmea dá à luz a sua cria no inverno, até o norte do mar de Behring, onde se alimenta (no verão), de invertebrados que filtra com suas barbatanas.

 
BALEIA MINKE
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Subordem: Misticetos
Espécie: Balaenoptera acustorostrata
BALEIA CUVIER
Classe: Mammalia
Ordem: Cetácea
Subordem: Odontocete
Espécie: Ziphius cavirostris

ANATOMIA: A Baleia-bicuda-de-cuvier possui o corpo longo e robusto. A cabeça é pequena e tem um pequeno bico. A nadadeira dorsal pode ser varia entre triangular ou falcada e localiza-se após o centro do dorso. Possui dois sulcos em forma de "V" na região da garganta. Têm apenas dois dentes na mandíbula, que são visíveis mesmo quando o animal está com a boca fechada.
Esse animal chega a um comprimento máximo de 7,5 m, pesando em média 3 toneladas.

REPRODUÇÃO: A fêmea gesta um período de 16 meses. Da apenas uma cria por vez que já nasce com aproximadamente 2,5 metros.

ALIMENTAÇÃO: Sua dieta inclui lulas e peixes, ocasionalmente crustáceos.

COSTUMES: Cosmopolita. Ocorre em águas oceânicas profundas das regiões temperadas e tropicais. No Brasil há registros de ocorrência no Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Fernando de Noronha. Ocasionalmente caçadas pelos japoneses no Pacífico norte.
BALEIA FRANCA
Ordem: Cetácea
Subordem: Misticetos
Espécie: Eubalaena australis (hemisfério sul); Eubalaena glacialis.  (hemisfério Norte) assim consideram alguns especialistas.

ANATOMIA: As Baleias Franca são cetáceos de grande tamanho, podendo atingir segundo registros históricos, mais de 17 metros de comprimento nas fêmeas e pouco menos nos machos. O corpo é negro e arredondado. Sem alerta dorsal. A cabeça ocupa quase um quarto do comprimento total, nela destacando-se a grande curvatura da boca, que abriga, pendentes, cerca de 250 pares de cerdas da barbatana, que são ásperas e na sua maior extensão negro-oliváceas. A camada de gordura que reveste o corpo das Baleias Franca é notável, podendo chegar a 40 cm de largura em alguns pontos, e uma altura que varia entre 5 e 8 metros. O "esguicho" das Baleias Franca é bastante característico, em forma de "V", resultante do ar aquecido expelido muito rapidamente quando da respiração e da vaporização de pequena quantidade de água que se acumula na depressão dos dois orifícios respiratórios quando o animal emerge para respirar. A mais marcante característica morfológica da espécie, entretanto, é o conjunto de calosidades ou "verrugas" que apresentam as Baleias Franca no alto e nas laterais da cabeça. Trata-se de estruturas notáveis formadas por espaçamentos naturais da pele, que nascem já com o animal e são relativamente macias em fetos e filhotes recém-nascidos, mas tornam-se mais rígidas com o crescimento do animal; entretanto, seu tamanho relativo e forma não se alteram ou alteram-se pouquíssimo, permitindo seu
uso para identificação visual dos indivíduos. Até o presente a função exata destas calosidades são características do gênero Eubalaena são objeto de controvérsia, muito embora se tenha demonstrado que elas são utilizadas em interações agressivas entre machos, que portam não raro marcas na pele correspondentes aos arranhões de calosidades de outros indivíduos. Além de agressão intra-específica, especula-se que o padrão das calosidades, bem como o das manchas brancas ventrais, possa auxiliar no reconhecimento de indivíduos entre os próprios animais, de
onde o seu use para a pesquisa par foto-identificação seria mera repetição do que as baleias já fazem entre si. O ventre apresenta manchas brancas irregulares. As fêmeas trazem mamilos na região inguinal e glândulas mamárias que podem ser bastante espessas, até cerca de 10 cm. As fêmeas adultas podem chegar a pesar mais de 60 toneladas, enquanto machos chegam a pesar acima de 45 toneladas.

REPRODUÇÃO: Ao findar o verão, as baleias francas deixam as áreas de alimentação nas latitudes mais frias e buscam as regiões costeiras onde concentram para acasalamento, a parição e a amamentação dos filhotes fecundados no ano anterior, que vai geralmente de junho a novembro. A fêmea e seus filhotes permanecem em zonas costeiras, de pouca profundidade até o final da temporada reprodutiva. As baleias francas podem viver mais de 80 anos.

ALIMENTAÇÃO: Pequenos copépodes e o Krill. A alimentação ocorre basicamente no verão, nas águas próximas da convergência Antártica.

COSTUMES: É entre os cetáceos que freqüentam os mares do Brasil, um dos mais fáceis de se observar, pois aproxima-se da costa à distância de até 100 m na época de reprodução e criação dos filhotes. Dóceis e lentas, foram caçadas até quase a extinção.
A matança: os animais eram arpoados com um rudimentar arpão de ferro batido com farpas e uma haste de madeira, preso a lancha por um cabo. Após arpoada, era comum que a baleia arrastasse a lancha por várias horas, antes de, exausta, deixar-se aproximar pela embarcação, da qual se desferiam golpes hediondos com uma lança de ferro. Era muito comum, também, o arpoamento do filhote antes da baleia adulta, para atrair essa. Ao permanecer junto ao baleote, amparando-o, a mãe era então golpeada com a lança por repetidas vezes, sem contudo abandonar a cria, morrendo ao fim lentamente pelo sangramento das sucessivas feridas. As baleias francas quase foram extintas da costa sul do Brasil, na década de 70. Em 1987 foi proibida por lei federal a caça da baleia franca, em todo o território nacional. Hoje, as baleias começam a retornar para o litoral sul para terem seus filhotes em águas mais quentes e calmas. Essa região é uma das áreas mais
importantes do planeta para a reprodução da Baleia Franca.

Anatomia: Por ser a menor baleia na ordem dos Misticetos, a beia-minke também é conhecida como baleia anã. Seu comprimento chega, no máximo, até 9,8 metros nos machos e a 10,7metros nas fêmeas.Seu corpo é fino e elegante, e sua cabeça é estreita e pontiaguda com apenas uma quilha central. A Minke pesa mais ou menos 10 toneladas! Sua cor é preta ou cinza-escura no dorso e branca na região da barriga. A nadadeira dorsal é bem alta e fica atrás do meio do dorso. O borrifo dessa baleia pode chegar a 2m de altura. No Hemisfério Sul, onde está o Brasil, há dois tipos de baleias-minke, que diferem de acordo com sua cor padrão, forma e coloração das barbatanas:
  • forma anã (menor e com mancha branca nas nadadeiras peitorais);
  • a forma comum, maior e sem mancha branca.
O tipo anão é o mais comumente visto no Brasil.
REPRODUÇÃO: A baleia-minke torna-se adulta quando chega, mais ou menos, aos 8 anos de idade, vivendo, em média, 47 anos. Depois que as fêmeas ficam grávidas, a gestação dura cerca de 10 meses. Nasce geralmente um filhote, que pesa logo 300 quilos e mede 2,8m. A mãe amamenta seu filho durante quatro a seis meses.
ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de plânctons ( conjunto de organismos que vivem na água e que não são capazes de nadar), pequenos peixes em cardumes e lulas.
COSTUMES: Essa bela baleia habita águas tropicais, temperadas e frias de todos os oceanos - e vive tanto em áreas costeiras como em oceânicas. Em geral, a baleia-minke vive sozinha, em duplas ou em pequenos grupos; poderão de reunir em grandes bandos em ares que houver muita comida. A baleia-minke dá belos saltos fora da água e, depois, mergulha de cabeça quase sem provocar barulho.
 
BALEIA JUBARTE
Ordem: Cetácea
Subordem: Misticetos
Família: Balaenoptera
Espécie:  Megaptera novaeangliae

ANATOMIA: A baleia Jubarte é um dos grandes cetáceos que habitam o nosso planeta, sendo encontrada em praticamente todos os oceanos. Corpo robusto. Adultos em geral, medem entre 12 e 16m e podem pesar mais de 40 toneladas. Dorso preto com manchas brancas irregulares na barriga. Nadadeiras peitorais e parte ventral da nadadeira caudal variam do preto total ao branco total, com padrões intermediários. Quilha central sobre a cabeça, que é arredondada e repleta de calosidades ou tubérculos. A nadadeira dorsal é pequena, achatada e situa-se sobre pequena corcova. A nadadeira caudal tem forma de asa de borboleta, com bordas recortadas. Nadadeiras peitorais muito longas, correspondendo a 1/3 do comprimento do corpo. Possui de 250 a 400 pares de barbatanas de coloração cinza-escuro ou marrom. Apresenta de 12 a 36 pregas ventrais, que estende-se até perto da abertura genital.

REPRODUÇÃO: Os machos disputam as fêmeas com lutas entre si e comportamentos agressivos. Nas áreas de reprodução a estrutura de grupo mais comumente observada são pares de fêmeas com filhotes acompanhadas de um ou mais machos denominados “escortes”. A maturidade sexual é alcançada com aproximadamente 11m. A gestação dura cerca de 1 ano.
As fêmeas dão à luz a um único filhote que ao nascer mede cerca de 5m e pesam 1,5 tonelada. A amamentação dura de 6 a 10 meses. O intervalo médio entre as crias é de 2 anos. Pode viver, pelo menos, 40 anos.

ALIMENTAÇÃO: Principalmente no verão, em águas frias. Alimenta-se de krill, copépodes e pequenos peixes que formam cardumes. Possuem uma série de técnicas alimentares altamente especializadas.

COSTUMES: Nada sozinha, em pares ou trios mas pode formar grupos temporários maiores nas áreas de alimentação e reprodução. São consideradas as mais acrobáticas e dóceis baleias, saltando e mostrando sua nadadeira caudal muitas vezes bem perto das embarcações. Seu borrifo tem o formato de um balão e alcança até 3 metros de altura, sendo bastante visível a grandes distâncias. Costuma projetar a nadadeira caudal fora da água antes de iniciar um mergulho profundo. Os machos costumam emitir sons semelhantes a canções que podem durar de 6 minutos até mais de uma hora nas áreas de reprodução para atrair e cortejar as fêmeas. Apresentam um
complexo comportamento social. Quando molestada, pode soltar bolhas pelo orifício respiratório na água e emitir um barulho parecido com um som de trompete, como sinal de alerta. Espécie cosmopolita. No verão, alimenta-se próximo aos pólos e no inverno migra para os trópicos para se reproduzir e criar seus filhotes. Possui hábitos costeiros mas pode ser encontrada também em ilhas oceânicas como Fernando de Noronha e Trindade. No Brasil, ocorre desde o Rio Grande do Sul até o nordeste. O Banco de Abrolhos, na Bahia, constitui uma importante área de reprodução e cria no Atlântico Sul Ocidental, e a única devidamente comprovada até o momento (suspeita-se que na costa nordeste do Brasil possa existir outra). Inimigos Naturais: As orcas (Orcinus orca), as falsas-orcas (Pseudorca crassidens) e
possivelmente os grandes tubarões (Família Carcharhinidae).
BALEIA BRYDE
Família: Balaenopteridae
Espécie: Balaenoptera edeni

ANATOMIA: O comprimento médio dos machos e fêmeas é, respectivamente, de 13,7m e 14,5m, e pesa entre 16 e 18,5 toneladas. Seu corpo é longo e esguio, cabeça larga e plana com uma quilha central proeminente e duas quilhas laterais, característica que as diferenciam das baleias-sei. A nadadeira dorsal é alta e localiza-se no final do dorso. Sua coloração é cinza-prateada no dorso e esbranquiçada na parte ventral. Podem existir manchas claras nos lados do corpo ou entre a cabeça e a nadadeira dorsal. As nadadeiras peitorais são relativamente pequenas, estreitas e pontudas. Possuem de 250 a 370 pares de barbatanas, de cor escura e com comprimento médio de 45 cm. O borrifo pode atingir até 4m de altura. As vocalizações são de baixa freqüência, principalmente pulsos.
REPRODUÇÃO: A baleia-de-bryde chega a viver 72 anos. A gestação dura aproximadamente um ano, quando as fêmeas dão à luz a um único filhote que ao nascer medem cerca de 3,4m e pesam 560 Kg.
ALIMENTAÇÃO: Se alimentam basicamente de peixes e pequenos crustáceos. Possuem hábitos solitários, mas podem se deslocar aos pares ou, ainda em grupos de até 10 indivíduos. Costuma saltar totalmente fora da água e aproxima-se de embarcações.
COSTUMES: Essa espécie habita águas tropicais e subtropicais de todos os oceanos, tanto em áreas costeiras como oceânicas. Não realiza grandes migrações, e pode permanecer na mesma área por um ano, deslocando-se no sentido costa-mar e vice versa. No Brasil, podemos encontrar baleia-de-bryde no Rio Grande do Sul e no nordeste paranaense. As orcas (Orcinus orca) e provavelmente os grandes tubarões (Família Carcharhinidae).

AMEAÇAS: A baleia-de-bryde foi extensivamente caçada em todo o mundo, inclusive no Brasil para fins comerciais. Este tipo de caça continuou até 1986, quando a Comissão Internacional da Baleia (CIB) decretou a moratória a caça comercial dessa baleia. Atualmente, capturas acidentais em redes de pesca e a degradação do hábitat, constituem as principais ameaças.
BALEIA CACHALOTE
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Espécie: Physeter macrocephalus
BALEIA FALSA ORCA
Família: Delphinidae
Espécie:  Pseudorca Crassidens

ANATOMIA: Os machos adultos medem de 5 a 6 m e pesam até 2,2 toneladas. As fêmeas medem de 4 a 5 m e pesam até 1,2 toneladas. A forma geral do corpo é alongada E manchas cinzas no ventre as peitorais. São vistos com maior freqüência afastados 3 a 4 milhas da costa. Nada rápido, e distingue-se sobretudo pela sua barbatana dorsal mais alta, mais curta e menos arredondada que a da verdadeira Orca. O animal adulto ventila a cada 15 a 20 segundos. Emerge freqüentemente com a boca aberta, sendo então possível ver a sua impressionante dentição.
REPRODUÇÃO: O período de gestação é de 16 meses e a duração da lactação é de 18 meses. O recém-nascido mede de 1,5 a 2,1 m e pesa 80 Kg. A longevidade é de cerca de 20 anos.
ALIMENTAÇÃO: Em sua dieta constam atuns, dourados,espadins e cefalópodes.

COSTUMES:
 São animais muito gregários e a comunicação tem sem dúvida um papel muito importante na coesão do grupo. Os sons emitidos pelas falsas-orcas são extremamente diversificados. É possível que cada animal produza uma vocalização diferente. Nos Açores, este grande delfinídeo encontra-se freqüentemente em companhia dos moleiros. Os últimos, não se preocupam com a má fama deste animal, e mesmo por vezes fazem disputas com esta baleia. Gosta de saltar completamente fora de água, provocando um tal levantamento de água (splash) que faz suspeitar que se trata dum animal muito maior, como o cachalote. Sempre estão em grandes grupos,ultrapassando várias dezenas e por vezes várias centenas de indivíduos.

 

ANATOMIA: O cachalote é o maior representante dos cetáceos com dentes. Os cachalotes apresentam o maior dimorfismo sexual entre todos os cetáceos. A taxa de crescimento dos machos torna-se maior do que a das fêmeas por volta dos dois ou três anos de idade. Desta forma, os machos adultos atingem tamanhos médios entre os 13 e 18 metros enquanto as fêmeas têm em média 10-12 metros. A sua cabeça, que alberga espermacete, pode representar um terço do comprimento total do animal. O esparmacete é uma substância cerosa aparentemente relacionada com a utilização de sons (ecolocalização) para sondar o meio onde vivem, auxiliando na orientação e também na identificação e captura de presas.
ALIMENTAÇÃO: Os cachalotes adultos comem em média 2.5 - 4% do seu peso o que pode equivaler a mais de 1 tonelada por dia. Nos Açores, estudos dos conteúdos estomacais de cachalotes capturados durante a baleação revelaram que a dieta destes animais consistia em 77% de pequenas lulas (< 1.2 Kg) e os restantes 23% de cefalópodes de maiores dimensões (polvos, potas ).
REPRODUÇÃO: pensa-se que o acasalamento dos cachalotes ocorra principalmente na Primavera, embora esta época possa ser dilatada durante o Verão. No hemisfério Norte este período deverá variar entre Março-Abril e Maio-Junho. As épocas de nascimento, no hemisfério Norte, deverão distribuir-se entre Maio a Novembro, com máximos de Julho a Setembro. Não há evidência de áreas discretas de acasalamento ou nascimentos, mas nos Açores já foram vistas várias crias recém nascidas. As crias nascem com cerca de 4 metros e pesam entre 900 Kg e uma tonelada. Tal como um mamífero típico, os cachalotes amamentam as suas crias. Na zona abdominal, de cada lado da fenda genital, as fêmeas possuem duas fendas mamárias onde estão alojados os mamilos. Quando têm por volta de um ano, elas começam a ingerir alimentos sólidos, mas podem continuar a mamar até os quatro ou cinco anos. Uma vez que não podem mergulhar às mesmas profundidades e durante o mesmo tempo que os adultos, as crias permanecem perto da superfície. Alguns estudos indicam que em grupos com crias os mergulhos dos cachalotes são descordenados, de forma a que esteja quase sempre presente um adulto ou juvenil à superfície junto às crias. Os machos tornam-se sexualmente ativos entre os 18 e 20 anos (12 a 13 m), mas continuam a crescer até aos quarenta. Já as fêmeas tornam-se sexualmente maturas entre os 4 e 9 anos de idade (8 a 9 m).
COSTUMES: Essa espécie despende 3/4 da vida em atividade alimentar, Estes animais conseguem mergulhar a mais de 2000 m de profundidade, para capturar as presas, e podem permanecer imersos por períodos médios de trinta a sessenta minutos, mas há registros de mergulhos com cerca de noventa minutos. Os cachalotes são cosmopolitas. Podem ser encontrados em águas profundas de todos os oceanos, exceto perto dos calotes polares. Os machos efetuam migrações mais amplas. A organização social dos cachalotes é complexa, e atualmente pensa-se que existam três tipos principais de agrupamentos. Os agrupamentos mistos, que são formados sobre tudo por fêmeas em idade reprodutora e crias. Nestes grupos as fêmeas auxiliam-se mutuamente na proteção das crias, permanecendo em águas mais quentes. Ha um segundo tipo de grupo à qual pertencem os machos celibatários. Estes grupos são formados por machos imaturos e por machos que atingiram a maturidade sexual, mas que ainda não atingiram a maturidade social. O terceiro tipo é constituído por machos solitários, que atingiram a maturidade social, sendo, por isso, sexualmente ativos. 
 
BALEIA CACHALOTE ANÃO
Reino: Animalia
Filo: Chordata

Classe: Mammalia
Ordem: Cetácea
Família: Physeteridae

Espécie: Kogia smus

ANATOMIA: Muito similar ao Cachalote pigmeu é um indivíduo que se confunde regularmente com tubarões. São indivíduos que atingem uma média de 2,7 metros de comprimento e 300 kg de peso. Têm uma coloração que varia de cinzento, no dorso, para branco na zona ventral. Alguns apresentam pequenas manchas cor-de-rosa no ventre. O espiráculo é na zona mais anterior da cabeça, do lado esquerdo. Divide-se em duas partes, a esquerda usada para respirar e a direita, rodeada de finas camadas de tecido muscular liso, para produzir cliques. Especula-se que se tornou tão especializada em produzir cliques que deixou de assobiar. A sua boca aparenta a de um tubarão e muitas vezes é confundido com esses animais. A cabeça tem cerca de 1/6 do tamanho total do corpo. O crânio é assimétrico, e a sua zona facial é a menor de todos os cetáceos. Apresentam 8 a 11 pares de afiados e encurvados dentes apenas presentes na mandíbula, maxila inferior. Na maxila superior existem dentes não funcionais. Ao contrário do Cachalote, o Cachalote anão apresenta, a meio do dorso uma bem delineada barbatana dorsal em forma de gancho, encurvada no sentido antero-posterior.
REPRODUÇÃO: Os machos e as fêmeas encontram-se sexualmente maduros quando atingem 2,1 m de comprimento. A gestação é de aproximadamente 9 meses e a única cria nasce no final da primavera, junto à superfície oceânica com a cauda em primeiro lugar. O novo elemento da comunidade tem um comprimento médio de 1 m. O tamanho relativo dos animais não varia à medida que se dá o desenvolvimento.
ALIMENTAÇÃO: A posição relativa da sua boca poderá indicar que são animais que se alimentam a grandes profundidades. A sua dieta consiste em cefalópodes, pequenos peixes e crustáceos apanhados entre os 300 m e os 1300 m de profundidade.
COSTUMES: Vivem em pequenos grupos de 5 elementos. Quando avistados no mar aparentam ser animais tímidos, de natação lenta e sem sopro aparente. Aparentemente os machos e fêmeas que estão maduros formam grupos diferentes dos que ainda são sexualmente imaturos. Quando assustados, e em fuga, podem deixar um rasto colorido de material defecado a fim de eludir ou afugentar o agressor. Mergulham regularmente a profundidades na ordem dos 300 metros. População. São extremamente raros e povoam as mesmas águas que o Cachalote. O fato de serem animais extremamente bem adaptados às zonas onde vivem, e de serem uma espécie com uma população bastante reduzida, poderá ser um indício que noutros tempos tenham sido caçados intensivamente.
 
BALEIA PILOTO PEITORAIS CURTOS
Espécie: Globicephala macrorhynchus
Nome comum: baleia-piloto-de-peitorais-curtas,golfinho-piloto, caldeirão, short-finned pilot whale

ANATOMIA: Os comprimentos e pesos máximos registrados para machos e fêmeas é de 6,7m e 3,8 toneladas e 5,5m, e 1,8 toneladas, respectivamente. Existe uma grande variação de tamanho entre indivíduos de diferentes populações. O corpo é longo e esguio. Sua coloração é preta, com manchas claras em forma de âncora na barriga, entre as nadadeiras peitorais, e no dorso, após a nadadeira dorsal. Cabeça em forma de globo (característica que se acentua nos machos adultos), com um pequeno e sutil bico. Boca pequena e curva. Possui de 14 a 18 pares de dentes. Nadadeira dorsal baixa e falcada, com base larga e ponta arredondada, encontra-se situada próxima da cabeça, antes da metade do dorso. Nadadeira caudal pequena, com bordas pontudas e nadadeiras peitorais curtas, finas e curvas. O orifício respiratório situa-se ligeiramente à esquerda da linha central da cabeça.
REPRODUÇÃO: A maturidade sexual das fêmeas é alcançada com cerca de 9 anos, e dos machos com aproximadamente 17 anos. A gestação dura cerca de 15 meses. Os filhotes nascem medindo entre 1,4 e 1,8m. A amamentação pode durar anos, mas os filhotes começam a ingerir alimentos sólidos a partir de 6 meses. Mesmo depois de se tornarem incapazes de se reproduzir, as fêmeas podem continuar produzindo leite, sendo aparentemente comuns os casos de fêmeas idosas amamentando filhotes de outras mais velhas. O intervalo médio entre as crias é de 4,5 a 6 anos. É polígama. Os machos adultos comumente apresentam cicatrizes de brigas na disputa pelas fêmeas. Os machos vivem cerca de 45 anos e as fêmeas podem viver mais de 60.
COSTUMES: Os grupos podem conter até centenas de indivíduos. Os machos costumam se manter na borda da manada. Coloca a cabeça fora da água para "espiar" o que passa ao seu redor. Pode ficar "boiada" na superfície por horas (e se parecem com troncos boiados) descansando ou amamentando o filhote. As vocalizações incluem uma grande variedade de assobios. Mergulha até pelo menos 610m e pode ficar submergida por períodos de até 15 minutos. Pode associar-se com outras espécies de cetáceos. Há fortes vínculos sociais entre os animais de um mesmo grupo. Conseqüentemente, encalhes em massa (quando mais de um indivíduo encalha, com exceção da dupla fêmea/filhote) são comuns em várias partes do mundo.
ALIMENTAÇÃO: Principalmente lulas, além de polvos e peixes. Costumam seguir as lulas e por esta razão os pescadores a denominaram de baleia-piloto. Seus deslocamentos estão relacionados especialmente a presença de lulas.
HÁBITOS: Ocorre em águas tropicais e subtropicais de todo o mundo. Ë encontrada tanto próxima à costa como em áreas oceânicas. No Brasil, existem registros de ocorrência em São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Sobrevive relativamente bem em cativeiro embora as taxas de mortalidade sejam mais altas que a maioria das outras espécies mantidas em oceanários. Inimigos Naturais: Provavelmente as orcas (Orcinus orca) e os grandes tubarões (Família Carcharhinidae)
 

VOCÊ SABIA...

Que o período de descanso dos cetáceos não é longo e contínuo como nos seres humanos?

Algumas espécies, como os golfinhos, apresentam
atividade em apenas um dos dois hemisférios
do cérebro enquanto a outra descansa; havendo
um revezamento entre os hemisférios.
 
Porque às vezes os cetáceos ficam com a nadadeira caudal fora da água?

Em regiões de procriação, muitas vezes as fêmeas fazem isso para que os machos não copulem.
Em alguns casos, os machos de baleia-jubarte colocam-se numa posição inclinada com a cabeça no fundo e a calda exposta na superfície quando eles estão emitindo seus repertórios sonoros. Isso pode ocorrer também quando as baleias
vão mergulhar a grandes profundidades.
Já as batidas da nadadeira caudal na água podem servir para a comunicação entre indivíduos de um mesmo grupo, para atordoar presas e também para se livrar de alguma irritação.

Cetáceos, O termo "cetáceo" é usado para denominar, de modo geral, as 78 espécies de baleias, delfins e toninhas que existem. Em geral, as espécies que têm mais de 4 m de comprimento são chamadas baleias, enquanto as espécies menores formam o grupo dos delfins e das toninhas. A maioria das baleias pequenas, dos delfins e das toninhas pertence à subordem das baleias com dentes. O restante das espécies pertence à subordem das baleias com barbatanas. Na atualidade, existem cerca de 40 espécies de baleias e metade delas é considerada rara. Por outro lado, a maioria das espécies com valor comercial é considerada ameaçada. A causa principal da diminuição dessas espécies é a caça excessiva, que faz com que o número de baleias capturadas seja maior que o de baleias nascidas.
 
Os Odontocetos são os cetáceos que possuem dentes. A dentição é permanente, aparecendo após o final da lactação. Na maioria das espécies, os dentes são todos iguais e cônicos. A alimentação dos Odontocetos consiste basicamente em peixes, lulas e crustáceos, embora algumas espécies, como a Orca, possuam uma dieta mais variada, incluindo tartarugas, aves e até outros mamíferos. Os dentes não são usados para a mastigação, apenas para a captura do alimento, que é engolido inteiro. Os Odontocetos possuem um sistema acústico (ecolocalização) que possibilita a localização de presas e objetos, determinando sua forma, tamanho, textura e distância do mesmo.
 
Os misticetos ou mistacocetos, são na sua maioria grandes baleias que não apresentam dentes. No lugar destes, possuem compridas fileiras de cerdas - as "barbatanas" - que pendem do céu da boca em posição lateral. A função destas cerdas é a retenção de alimentos. A alimentação dos mistacocetos consiste basicamente de organismos planctônicos, especialmente pequenos crustáceos do gênero Euphasia que abundam nos mares mais frios, e algumas espécies costumam predar sobre cardumes de peixes de pequeno porte. No ato da alimentação, o animal enche a boca
de água, "filtrando" o alimento ao expelir a água através das cerdas já mencionadas.
 
ANCESTRAIS DAS BALEIAS (55 - 38 milhões de anos)
No final do EOCENO, os cetáceos careciam de patas posteriores e tinham somente nadadeiras parecidas com remos nas dianteiras, assim não podiam deslocar-se com facilidade na terra.

MAMMALODON (24 milhões de anos) 
Seus fósseis foram encontrados na Austrália.

Um dos mais importantes foi o SQUALODONTE, que possuía dentição parecida com a dos tubarões (dentes triangulares e serrilhados), o que sugere um hábito alimentar carnívoro. Tinham um tamanho comparado a médios e pequenos golfinhos.
Foram encontrados em diversas rochas por todas as partes do mundo e desapareceram há seis milhões de anos.
 
Glossário:
KRILL: Pequeno invertebrado que compõe o zooplâncton. Espécie muito abundante nas águas da Antártida durante os meses de verão. A espécie é a base da cadeia alimentar Antártica.

DELFÍNIDEO:
 Cetáceos que integram a família Delphinidae. Os representantes deste grupo englobam a orca e espécies de golfinhos como o “flipper”, o golfinho-rotador, o golfinho-pintado-do-Atlântico e o boto-cinza.

ECOLOCALIZAÇÃO: Sistema de localização realizado através do retorno do som emitido (eco). Este sistema é reconhecidamente utilizado pelos morcegos e cetáceos com dentes (odontocetos).

VIBRISSAS:  Pêlos que apresentam função sensorial. Os filhotes de cetáceos, quando nascem, apresentam vibrissas na região dorsal do rostro, que depois de algum tempo desaparecem na maioria das espécies. Espécies como a baleia-franca e a baleia-jubarte possuem.

PLÂNCTON: Pequeno organismo que vive em suspensão nas águas doces e salgadas.
 

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